A fotografia mostra uma mulher jovem sentada a uma mesa de madeira em um ambiente com iluminação quente e aconchegante, que parece ser um restaurante ou bar.Ela está em primeiro plano, olhando diretamente para a câmera com uma expressão serena e um leve sorriso.A mulher tem pele clara, cabelos escuros, longos e ondulados, com uma franja sobre a testa. Algumas mechas de seu cabelo parecem ter uma tonalidade azulada ou esverdeada. Seus olhos são escuros e expressivos.Ela apoia o rosto na mão direita, com o cotovelo sobre a mesa. Nesta mão, há uma pequena tatuagem de um contorno que lembra a cabeça de um alienígena. Ela veste uma blusa escura de alças com uma estampa sutil.À sua frente, sobre a mesa, há um pequeno abajur moderno e sem fio, de cor metálica, que ilumina seu rosto e o ambiente ao redor com uma luz amarelada. Ao lado do abajur, há um prato, talheres e um celular.O fundo está ligeiramente desfocado. À direita, uma parede de tijolos aparentes compõe o cenário. À esquerda, outras pessoas estão sentadas em mesas mais distantes, sugerindo um local movimentado, mas a atmosfera geral da foto é íntima e focada na mulher.

Carol Lira é feita de excesso: de sensibilidade, de empatia, de emoção. Sempre sentiu demais — não só com o corpo, mas com tudo o que a alma alcança.

Desde muito pequena, criava mundos com o que estivesse ao alcance das mãos: lápis viravam personagens, sentimentos se transformavam em canções, o silêncio, em histórias.

A escrita a acompanha desde os 8 anos, quando começou a compor suas primeiras músicas. Já naquela época, suas palavras assustavam adultos, não pela rebeldia, mas pela profundidade com que encaravam a dor.

Ao longo da vida, sua sensibilidade foi muitas vezes confundida com fraqueza. Sua criatividade, com fuga. Mas eram, na verdade, os recursos que tinha para existir em um mundo que não sabia nomear suas diferenças. Depois de uma década de investigações e dores invisíveis, Carol recebeu o diagnóstico de autismo nível 1 de suporte aos 26 anos.

Carol é formada em Comunicação Social, cofundadora do Demian Book Club e voluntária no abrigo de animais CAARP.

Escrever, para ela, é viver com paixão. E sua paixão é o que deseja que viaje, encontre almas pelo caminho, e as aconchegue, mesmo que por instantes.